A nadadora, e agora modelo, nasceu com
uma má formação congênita na perna direita, por isso não desenvolveu o
núcleo de crescimento da canela. Assim, aos três anos, os médicos
acharam melhor amputar o pezinho que possuía logo abaixo do joelho para
que pudesse usar uma prótese.
Quem vê as fotos postadas na rede pode
até não acreditar, mas foi a primeira vez que a jovem posou para as
lentes de um profissional. Ela conta que ao ser convidada pelo fotógrafo
Márcio Oliveira, não imaginava tamanha repercussão.
“Fiz o ensaio de bobeira, o fotógrafo
me chamou e eu topei. Mas gostei muito dessa repercussão. O que mais me
agradou foi o fato de que vários deficientes vieram falar comigo que não
usavam shorts porque tinham vergonha, mas agora vão usar porque viram
que dá para ficar bonito. Isso é muito importante, fico feliz em saber
que estou contribuindo para que essas pessoas se aceitem mais”, conta,
acrescentando que nunca teve vergonha de se expor como é, valor que deve
a sua família.
“Fui criada assim, sempre me achei normal, nunca inferior a ninguém”.
Apesar do sucesso como modelo, Camille
frisa que seu objetivo é continuar se dedicando à natação, esporte pelo
qual compete desde os 15 anos, e que começou como uma recomendação
médica para evitar o atrofiamento da bacia. Atualmente ela participa de
competições nacionais e mundiais. No último parapan-americano, no qual é
recordista em seis provas, levou três pratas e um bronze. E só ficou
fora das últimas paralimpíadas por 40 centésimos de segundo.
Dona de um corpo escultural, além de
nadar, Camille malha para manter a forma. E tem uma noção que falta a
muita gente sobre a importância de cuidar do corpo.
“Nosso corpo é o que nos sustenta e
precisamos cuidar dele para que esteja bem daqui a alguns anos”, diz a
jovem que chegou a cursar Nutrição, mas trancou a faculdade para se
dedicar ao esporte.
Camille mora no Rio do Ouro pela
proximidade com a Andef, mas é de Santo Antônio de Pádua, e já chegou
até a ser reconhecida na sua cidade devido às fotos. O ensaio só a teria
prejudicado, ou não, em um aspecto, depois dele o namoro terminou. Será
que rolou ciúmes?
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